Trazer para dentro de casa um morador peludinho, daqueles que fazem a felicidade de todos só de abanar o rabo ou trançar entre nossas pernas pedindo carinho, é uma decisão que merece cautela. Planejar os ambientes levando em consideração a raça, a cor e o tamanho do animal ajuda a evitar problemas, como um acidente com o mascote, a perda de um móvel novo ou a destruição de um jardim cultivado com carinho e dedicação.
Antes do bichinho colocar as patinhas no novo lar é preciso retirar do alcance dele os móveis frágeis, em vidro, sujeito a quebras ou lascas. Evitar também objetos pontiagudos na decoração. Hoje existem cantoneiras de proteção para mesas de centro com canto vivo em vidro (que em geral são mais baixas). As proteções podem ser encontradas nas lojas de materiais para construção e devem ser colocadas nas quinas na altura da cabeça, focinho ou olhos do cachorro.
“Falo para os meus clientes evitar o branco nas paredes dos espaços onde existe a permanência de cachorros de porte médio e grande. Não existe a cor ideal porque cada imóvel possui determinadas características e cada raça um hábito diferente. No entanto, a gama dos neutros é muito bem vinda para disfarçar a inevitável sujeira”, diz Chiara Meschini da Contenidos Arquitetura e Montajes.
Utilizar tintas esmaltes a base de água é uma saída para aqueles que têm mania de limpeza. Elas costumam ser eficientes e permitem limpeza com maior frequência. A desvantagem desse material é o custo mais elevado.
O piso é outra área da casa que merece uma atenção redobrada. Ele precisa ser antiderrapante, porque os animais de grande porte tende a apresentar problemas de displasia ou coluna com mais frequência. Por isso, o piso liso e escorregadio deve ser substituido o quanto antes.
“Muitos clientes costumam tratar os bichos de estimação como filhos. Em muitos casos, o animal dorme no quarto do proprietário. Por isso é comum fazer as caminhas de cachorro ou gato sob encomenda, combinando com as roupas de cama. Em outros casos, o proprietário procura separar um ambiente ou espaço na residência só para o animal. Um item que estão usando muito são portas com portinholas vai e vem para cães e gatos, para que eles possam entrar e sair do ambiente, mesmo com as portas fechadas”, comenta a arquiteta Glaucy Taraskevicius.
Além disso, os proprietários devem colocar telas de proteção nas varandas dos apartamentos ou casas com mais de um pavimento nas escadas e sacadas internas também, a fim de evitar quedas do mascote de grandes alturas.
SALA - Para os sofás é importante trocar o branco – porque suja com muita facilidade - e o preto - porque mostra mais os pelos - por tons de bege mais escuros e tecidos com menor quantidade de algodão para que o pelo não fique preso facilmente. O ideal é que ele tenha mais poliéster. Se o sofá for de couro natural ou sintético é mais fácil para limpar, podendo ser em tons claros ou mais escuros.
“Os tons de areia, bege escuro, fendi no chenille de sofás, poltronas e cadeiras, não costumam revelar tanto a sujeira quanto os escuros - marrons e pretos (no caso de cães de pelos claro é a primeira coisa que aparece) e brancos que dispensa comentários. Já as cores vibrantes como vermelhos, lilás e verdes costumam desbotar com o desgaste e o tempo de uso, por isso é bom ser evitadas.”, conta a arquiteta Patrícia Forte.
Tapetes sempre que forem usados devem ser de pelo baixo, com a superfície mais lisa, os de pelo longo retém poeira e pelos do animal além de sujar com mais facilidade. Os modelos em sisal ou fibras são os mais indicados para este uso. Podem ser usados em tons escuros também, ao contrário dos tecido do sofá, não costumam desbotar com muita facilidade.
O carpete deve ser evitado, pois em caso de um acidente (se o cachorro ou gato eventualmente fizer qualquer sujeira), a limpeza é mais difícil e o carpete pode reter odores por mais tempo, o ideal são pisos frios, porcelanatos. Carpete de madeira pode ser utilizado com cuidado, pois quando molhado ele pode empenar e manchar. É importante lembrar que a seda deve estar longe de casas onde vivem gatos.
Já as cortinas o adequado é escolher um tecido mais resistente para evitar rasgo, uma costura resistente para não desfiar e varões bem fixos para que não caia com eventuais puxões.
ILUMINAÇÃO – A iluminação deve ser escolhida de acordo com o conforto térmico e visual. Luzes artificiais não suprem as necessidades do animal de ter contato com os ráios solares. É importante expor o animal, seja qual for, à luz do dia, mesmo que seja somente no fim de tarde ou começo da manhã. Por isso, é recomendado o uso de lâmpadas claras, estimulantes no local que o animal for ficar. No caso dos aquários, é de extrema importância a iluminação. São necessárias 12 horas com a luz acesa. A lâmpada deve estar na distância de 10 cm da água, lembrado que a exposição excessiva da luz pode estimular o crescimento de algas no aquário. Portanto, é recomendável não exceder o tempo.
“Os aquários dão um charme especial a salas, escritórios e hall, porém é funcional que fique próximo de pontos de água e ralos, para a manutenção. No caso dos passarinhos o terraço é o mais indicado, não só pela sujeira, mas porque é agradável para eles”, fala Glaucy
É importante que as gaiolas, como os pássaros são sensíveis às temperaturas mais baixas e estão mais sujeitos a pneumonia, estejam perto de uma lâmpada de baixa voltagem e ligá-la quando necessário, mas ainda não substitui a exposição ao sol da manhã. Prefira manter as gaiolas em lugares iluminados e protegido de ventos ou correntes de ar, porém este tipo de animal necessita do escuro em certo horário para repousar. “Há marcas lançandas no mercado lâmpadas específicas para iluminação de animais, aquários e répteis (que necessitam de lâmpadas que emitem raios UVA e UVB). As lâmpadas variam de 15W a 40W”, diz Patrícia.
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