Rio de Janeiro - O carnaval está pertinho e já começa a agitar as ruas. Nesse período, muita gente vai cair na folia em outras cidades ou aproveita para fugir dos festejos num lugar bem escondido. Mas, quem tem plantas em casa, enfrenta um problema: o que fazer com elas? Deixar com os vizinhos, talvez? Ou lotar o vaso de água e confiar na sorte? Há uma alternativa melhor: algumas floriculturas e viveiros do Rio, São Paulo e Belo Horizonte oferecem serviço de hospedagem para plantas. Durante a estadia, as hóspedes são regadas e, as que precisam, são levadas para banhos de sol.
Os hotéis para plantas surgiram por causa dos bonsais, que exigem atenção especial. No Tropical Bonsai, localizado na Chácara Tropical, no Itanhangá, eles recebem mesmo tratamento vip. E o melhor: a diária custa modestos R$ 1. Durante o carnaval, conta o bonsaísta Edson Nascimento, o local chega a abrigar de 200 a 300 bonsais:
“Os bonsais precisam de sol e de rega diária. E, caso o cliente queira, podemos aproveitar a estadia da planta para realizar a poda de copa ou ainda a troca de terra, que é feita apenas uma vez por ano.”
No local, além do hotel, também funciona um ‘hospital’:
“As plantas doentes são avaliadas e recebem o tratamento indicado, que pode ser um adubo ou uma nova terra”, completa o especialista.
Um dos pioneiros no ramo, Márcio Azevedo, proprietário da Bonsai Kai, em São Paulo, já oferece estadia para essas árvores em miniatura há 15 anos.
“Esse serviço começou a ser oferecido a partir da necessidade dos clientes, que pediam para deixar suas plantas no viveiro enquanto viajavam. Hoje, nós hospedamos cerca de 300 plantas, dependendo do período. No carnaval, a procura pelo hotel aumenta bastante”, explica Márcio.
Também na Bonsai Kai, a diária custa apenas R$ 1, para bonsais de até três quilos. Durante a estadia, os vasos são regados e podados. Se alguma planta ficar doente, o biólogo envia um diagnóstico com orçamento ao dono por e-mail.
O serviço de hospedagem na Floricultura British, em Belo Horizonte, começou há três anos e por acidente. A florista Arlete Dutra, durante uma entrevista sobre como cuidar de plantas, brincou com a repórter ao dizer que, quem quisesse, poderia deixar as plantas para ela cuidar.
“No dia seguinte, já tinha uma pessoa com 30 vasos”, relembra a mineira.
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